As décadas de 1830 e 1840 constituem o período formativo do setor cafeeiro de Minas. No início dos anos 20 ele era praticamente inexistente. A área geográfica, que logo se transformou na zona cafeeira, compreendia um grande retângulo formado pelos municípios de Leopoldina, Mar de Espanha, Ubá, Pomba e Santo Antônio do Paraibuna.
Situado dentro deste cenário, surgiu São João Nepomuceno. De acordo com a documentação existente, atribui-se a José Furtado de Mendonça, proprietário da fazenda Roça Grande, a doação de terras para a construção de um templo católico, que recebeu o nome de Capela do Rio Novo de Baixo, tendo como patrono, São João Nepomuceno.
Este quadrilátero cafeeiro teve uma ocupação acelerada entre 1835 e 1855, triplicando sua população livre que passou de 27 mil pessoas para cerca de 80 mil. A população cativa situou-se em mais de 54 mil escravos, significando um terço do total da província de Minas. Estes números comprovam o crescimento das lavouras, não apenas de café, mas uma agricultura diversificada e artigos manufaturados que, além de comercializadas no mercado interno, eram exportados para outros centros consumidores, como a emergente capital do Império, o Rio de Janeiro.
Dentre os gêneros, destacam-se algodão em rama e caroço, açúcar, chapéus, couros, farinha de milho e de trigo, mantas, pano de algodão, feijão, gado, selas, tabaco e sabão. São João Nepomuceno integrou este processo de desenvolvimento econômico, tornando-se vila em 1841, desmembrando-se do município do Pomba e passando a pertencer à comarca de Paraibuna. A emancipação definitiva deu-se em 1881.
A cidade ocupa uma área de 407km².
Sua população atual de acordo com o censo 2010 é de 25.062 habitantes. Sua economia passou por muitas transformações, sendo a agropecuária apenas uma atividade acessória. A atividade industrial diversificada mantém a maior parcela da mão-de-obra ocupada, destacando-se os setores de vestuário, alimentação e têxtil.
Fonte: IBGE
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